sábado, 7 de junho de 2014

Creches e escola pública

          Segundo o IBGE, 86,9% dos moradores de favelas estudam em creches ou escolas públicas. Enquanto isso, 63,7% dos moradores das demais áreas frequentam instituições públicas de ensino.
          Os resultados abrangem todos os níveis da educação: creche, pré-escola, classe de alfabetização, alfabetização de jovens e adultos, ensino fundamental, ensino médio, superior de graduação e especialização de nível superior, mestrado ou doutorado.
         Em todas as regiões do país, a porcentagem de moradores dos chamados aglomerados subnormais (favelas, ocupações, palafitas, entre outros) que estuda em instituições públicas é maior do que a dos moradores de outras localidades. 
       
            A região Sul apresenta a maior diferença entre os moradores de favelas e os moradores de outras áreas que frequentam escola pública, 92% e 60% respectivamente. Já a região Norte tem a menor diferença: 83,2% dos moradores de favelas e 71,4% dos habitantes das outras áreas estudam em instituições públicas de ensino.

          O Nordeste apresenta o menor percentual de pessoas que frequentavam escola ou creche pública: 79,7% nas favelas e 57,8% nas outras áreas. 

    Educação superior

               Apenas 1,6% dos moradores de favelas tinham curso superior completo em 2010 -- nas outras áreas, o percentual de conclusão é de 14,7%, um número considerado baixo. Os dados fazem parte da pesquisa "Áreas de Divulgação da Amostra para Aglomerados Subnormais" divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 
             O Sudeste é a região com o menor percentual de pessoas que moram em favelas e possuem curso superior completo – são apenas 1,2%, enquanto nas outras áreas da mesma região esse percentual é de 15,3%.
             Em Niterói (RJ), por exemplo, de um total de 437.702 habitantes com dez anos ou mais, 116.814 já concluíram o ensino superior, o que representa 26,7% da população. Porém, do total dos moradores de Niterói, 67.208 são de favelas e apenas 1.273 já concluíram o ensino superior, ou seja, 1,89%.

                O mesmo cenário pode ser observado em Vitória (ES): são 288.346 habitantes com dez anos ou mais, sendo que 70.152 já terminaram o ensino superior (24,3%). Já nos aglomerados subnormais, são 21.805 moradores com dez anos ou mais e somente 459 concluíram o ensino superior, representando apenas 2,1% da população de favelas e 0,16% do total de moradores de Vitória. 
               A maior diferença fica na região Sul: 1,7% dos moradores de aglomerados subnormais tem ensino superior completo, enquanto nas outras áreas 20% possuem graduação.
      referencia: http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/11/06/apenas-16-dos-moradores-de-favelas-chegam-ao-ensino-superior.htm